Segunda-feira, dia 23 de março, a Bioware anunciou a nova e primeira DLC de Dragon Age Inquisition: Jaws of Hakkon (mandíbulas de Hakkon). O que não foi tão empolgante quanto a notícia foi quando descobrimos que era exclusivo pra XBOX ONE e PC. Felizmente, a autora do Ideias em Roxo joga Dragon Age no PC e conseguiu a DLC 😀
Essa postagem é dividida em duas partes: A primeira é uma crítica sem spoilers e a segunda são comentários dos acontecimenos da DLC com spoilers.
O professor Kenric, da universidade de Val Royeaux, informa à inquisição que suas pesquisas sobre a história da inquisição o levaram a uma região chamada Frostback Basin. As pesquisas dele indicam que ali foi o lugar em que o primeiro inquisitor morreu.
Assim que você chega na região (canto inferior esquerdo do mapa de Ferelden), Scout Harding diz que há um grupo de Avvars inimigo nas redondezas, que se chamam (tadá!) Jaws of Hakkon. Ela também informa que um outro grupo de Avvars quer falar com a inquisição e podem ser possíveis aliados.
Pontos Positivos
- Frostback Basin é uma das áreas mais bonitas do jogo.
- Acampamentos em cima de árvores (!)
- Apesar da main plot da DLC não ser ligada a main plot do DA:I, ela é bem divertida e dá informações interessantes
- Quem gosta de lutas difíceis vai amar a DLC (todos os inimigos acima do level 20)
- Mesmo que não gosta de lutas difíceis (eu) provavelmente vai se divertir com os desafios
- Novas armaduras e armas.
- Informações sobre Avvars, um grupo que quase não tínhamos visto antes.
- Scout Harding aparece mais que o normal
- Dá pra ganhar bastante nível nessa região (comecei nível 19 e saí nível 24 sem fazer todas as side quests)
Pontos Negativos
- Mais do mesmo, nova região com missões parecidas com as outras
- Como disse antes, a main plot não é relevante pra main plot de DA:I
- Alguns inimigos mudam de nível de acordo com o seu nível (o que nunca aconteceu antes em DA:I)
- As ondas de inimigos são exageradas em vários momentos.
- Não temos ideia de quando vai sair para XBOX 360, PS3 e PS4.
- Apesar da região ser acessível logo depois de chegar em Skyhold, é quase impossível de completar se estiver longe do nível 20.
Em geral é uma DLC divertida, mas não precisa ficar desesperado caso ainda não possa jogar. Como mencionado, apesar da história ser interessante, não é fundamental e não há nada que dê uma luz em relação ao final do jogo (se você terminou, você sabe do que eu estou falando). Valeu a pena e me diverti, até em lutas que normalmente me tirariam do sério pelo nível de dificuldade, achei divertido, o que não é fácil de acontecer.
Sugestões: Vá com pelo menos nível 18 e leve Cassandra e Solas.
Agora é a parte com spoilers, então se você não jogou e não quer saber o que acontece, pare de ler agora.
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Que comecem os spoilers!
Nessa parte eu vou listar alguns pontos que acho que valem ser comentados, mas não dá pra falar sem cair nos spoilers. Lembrando: Joguei a DLC no nível normal.
- Sim, o boss final é um dragão
A Bioware, pelo visto, não quer nunca mais que ninguém fale “É Dragon Age, mas não tem dragão…”. O tal deus Hakkon Wintersbreath é um dragão de gelo nível 25.
Quem é Hakkon Wintersbreath? Ele é um dos deuses dos Avvar, o senhor do inverno. Ele é respeitado pela sua força em batalha, os Avvar “seguem” Hakkon para a guerra. Como assim? A representação dele no mundo é o inverno, portanto quando o inverno chega é a época em que os Avvar lutam, até porque eles são um grupo resistentes ao frio se comparados aos “lowlanders” (o termo usado pra se referir às pessoas que moram nas cidades).
O grupo Jaws of Hakkon está tentando trazer Hakkon de volta a vida, como fizeram na época da primeira inquisição. Você provavelmente se pergunta: Se o último boss é o deus dos povos bárbaros, por que tem um grupo de Avvar que está do seu lado? A líder desse grupo explica que não se pode destruir um deus, se ele morrer ele vai continuar existindo, então pode ir lá matar o dragão sem medo.
Detalhe sobre o combate: Por favor, não usar staff de gelo, ele é resistente. Feitiços de fogo são sua melhor escolha. Sempre digo que a Bioware tem um problema sério em fazer boss fight, porque sempre tem alguma luta antes da final que é muito mais difícil, essa DLC não é exceção. A luta antes dessa no templo é bem mais difícil. Estava com uma party de um rogue/archer, dois mages (Dorian e Vivienne) e uma warrior (Cassandra), que não é minha party ideal para matar dragões (normalmente levo dois warrior e prefiro que sejam Blackwall e Cassandra). Todos estavam no nível 23, mas não precisei recomeçar nenhuma vez e só uma hora a Cassandra caiu.
É a mesma técnica de matar todos os outros dragões: Usa a câmera tática e foca numa das pernas até ela começar a sangrar e vai para as outras, até o dragão cair, daí vai pra cima. Quando Hakkon chega nos 50% de vida, ele vai chamar outros dragõezinhos pra ajudar, todos níveis 23 (não tenho certeza se é o nível deles mesmo ou se é porque eu estava no 23), mas eles são bem fáceis de matar. O que eu fiz foi deixar minha party atacando Hakkon enquanto eu cuidava dos bichinhos. Não é uma luta fácil, mas se prestar atenção dá pra levar de primeira (lembrando de novo: nível normal e 12 potions)
- Avvar!
Desde que eu descobri que a Bioware cortou uma origem do DA:O em que você podia ser um humano Avvar, eu tenho lido todas as informações possíveis. Acho os Avvar interessantes, eles não tem o mesmo sistema de nobreza e círculo dos magos que as outras nações possuem.
A primeira coisa interessante é que, mesmo que os Avvar tenham muito em comum entre si, eles possuem diferentes grupos que agem de forma diferentes. Na DLC, temos o grupo Jaws of Hakkon, que é o inimigo, e o aliado, Stone-Bear Hold.
Os julgamentos são feitos a partir de desafios e se a pessoa realiza o desafio, ela é considerada inocente. O desafio varia de pessoa para pessoa e de acordo com o crime feito.
Uma das coisas mais importantes, até no sentido de main plot, que aparece com os Avvar, é como eles tratam os magos. Quando são jovens, os magos aceitam um espírito do fade em seus corpos e a medida que eles vão crescendo, eles vão aprendendo magia (Cassandra gritou ABOMINATION nessa parte). Ao chegar na idade adulta, o mago realiza um ritual para que o espírito possa sair do corpo do mago. Não são todos os magos que conseguem e, portanto, são eliminados.
Fiquei pensando muito no Anders quando cheguei nessa parte, talvez houvesse um jeito de separar ele de Justice, já que os Avvar parecem fazer isso há tempos. É engraçado como as culturas que se limitam menos na questão de regras e círculo dos magos parecem ser as que mais realizam avanços.
- Inquisitor Ameridan
O primeiro inquisitor era um elfo mago. Cadê seu maker agora?
Apesar de ser uma surpresa boa e fugir do humano nobre, não achei que foi tanta surpresa assim. DA:I dá bastante protagonismo para as histórias dos elfos (final do jogo, por favor gente). Mas mesmo assim, elfos e magos são os dois grupos que mais sofrem preconceito em Thedas (dependendo do país, qunaris também entram na lista). E o primeiro inquisitor faz parte desses dois grupos!
Tá, mas como o primeiro inquisitor tá aí, vivo? Ameridan partiu para matar Hakkon, já que ele ameaçava Orlais, depois voltaria para convencer os elfos a ajudar na luta contra o segundo Blight (lembrando que o Blight do DA:O era o quinto, ou seja, faz tempo).
Muitos jogadores disseram que o diálogo muda com um inquisitor elfo (joguei como humana). Cassandra na party também libera alguns comentários bem interessantes (imagino que Solas também tenha algumas falar diferentes aqui) já que eles comentam sobre os seeker of truth. O diálogo é o seguinte:
Cassandra: Inquisitor Ameridan, como pode o líder dos seeker ser um mago?
Ameridan: A história esqueceu tanto assim? Eu não era um seeker, como a maioria dos inquisitors. Eu usava minha magia para caçar demônios e maleficarum (magos que usam magia de sangue). Os seekers não aceitam mais a ajuda de magos?
Cassandra: Não, isso foi esquecido junto com outras coisas.
(caso você já tenha terminado a missão da Cassandra) Inquisitor: A Cassandra é uma seeker, quando os seekers se rebelaram, ela descobriu a verdade sobre eles.
Cassandra: Nós descobrimos que eles criaram o Rite of Tranquility (a tradução seria o rito tranquilizante? Não sei, mas é quando os templários tiram as emoções dos magos e eles viram tranquils, em tese devia ser usado só nos magos que usam magia de sangue)
Ameridan: Você quer dizer colocar alguém no Fade? Os seekers fazem isso durante um tempo pequeno quando estão passando suas habilidades para um iniciante.
Cassandra: Virou uma maneira de controlar os magos considerados perigosos. Eles são deixados como tranquilos permanentemente.
Ameridan: Matar um homem é um trabalho difícil, você aprende a não prestar atenção. Transformá-los em tranquilos é fácil, sem sangue. Eu disse que espalhar essa “solução” levaria ao abuso. Eles disseram que isso nunca aconteceria, prometeram!
É a terceira vez que o Rite of Tranquility é mencionado como um processo reversível e usado erroneamente por templários e seekers. A primeira vez durante o livro Asunder, a segunda durante a missão da Cassandra e agora. Acho que isso são indícios da Bioware apontando que essa talvez seja uma questão que vá ficar muito mais importante lá para frente (ou um futuro próximo, quem sabe?).
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