Penny Dreadful | Segunda Temporada

Essa semana chegamos ao fim de mais uma temporada de Penny Dreadful. A série da Showtime se passa em uma Londres gótica, mostrando a trajetória de Vanessa Ives, Ethan Chandler, Victor Frankstein e outros personagens que povoam esse universo. Assim como na primeira temporada, e agora provavelmente foi mostrado mais do que nunca, a série fala dos demônios que estão dentro de nós.

Seguindo o caminho deixado pela primeira temporada, Vanessa se vê ameaçada por um novo grupo: As bruxas que querem levar a “esposa” (no caso, Vanessa) de volta para Lúcifer. Enquanto isso, Ethan está lidando com o peso das consequências do final da última temporada, Malcolm fica um pouco de lado na trama, John Clare continua tentando achar seu lugar no mundo, Lily ganha empoderamento e tanto Dorian quanto Victor mostram seus lados mais perversos.

Tenho sentimentos mistos com essa temporada. Ao mesmo tempo que acho que ela acertou muito em certos pontos e me fez ficar interessada em momentos que geralmente eu não ficaria, acredito também que ela possuiu partes fracas. Não que a primeira temporada não tenha pecado assim também, mas pelo menos pra mim, que gosto muito desse ambiente gótico, estava tão contente em ver uma série como essa e como tudo era novidade, relevei mais no meu julgamento.

Como sempre, acredito que Penny Dreadful falha mais uma vez com seus vilões, mas melhora. Os vampiros da primeira temporada eram uma ameaça escondida da tela, o que faria o momento de revelação muito mais interessante, só que… Ele não existe. Malcolm resolve os problemas com seu fantasma do passado e parece que os vampiros falaram “Tudo bem, deixa quieto”. As bruxas tiveram um espaço maior, vimos elas se preparando para derrotar Vanessa e inclusive brigas internas, mas ainda assim foi pouco.

Eva Green é sempre um show, Vanessa teve vários momentos focados nela, inclusive mais que na primeira temporada, destaco aqui o terceiro episódio que foi um flashback só dela, que a princípio achei forçado (e não gosto de episódios só em flashback), mas se tornou um dos meus favoritos e com certeza um dos melhores episódios da série.

Acredito que, em geral, as trajetórias dos personagens melhoraram, mesmo que em alguns momentos do roteiro o papel de cada um ali tenha ficado fraco. Artisticamente a série continua me agradando muito, mesmo nos momentos exagerados, ela afirma o seu lado gótico, com grandes vestidos vermelhos esparramados pelo chão e valsas sangrentas. Não acho que a história da primeira e da segunda temporada tenham amarrado muito bem, mas com algumas revelações acredito que a terceira temporada vá ser o elo que ligue os acontecimentos das duas, então a expectativa para a próxima é grande.

No final das contas, a segunda temporada erra em vários momentos, inclusive com um começo fraco e episódios mornos, porém ganha ritmo mais para o final e deixa a audiência curiosa para ver o que vai acontecer depois, com mais ganchos soltos do que a primeira temporada. Espero muito que a terceira temporada venha para fazer o que a segunda começou: Amarrar as pontas entre os acontecimentos e terminar de mostrar que aqueles “heróis” não são todos bons.

Abaixo análise com spoilers.

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