Hoje vamos falar de comida. Desde que Adão e Eva comeram o fruto proibido e foram expulsos do paraíso, não é incomum encontrarmos na ficção, principalmente nos contos de fada, a comida como elemento importante da narrativa. A própria Branca de Neve vai, mais tarde, pegar a ideia da maçã que não se pode comer, seguido de punição.
Nesses casos a comida aparece normalmente como um desejo ao qual não devemos ceder, nos levando a ideia da gula, um dos pecados capitais. Normalmente sempre vai ter um personagem que vai ceder ao desejo da comida, fazendo com que este passe por algum desafio por causa disso. É comum também que o protagonista consiga superar esse desafio mesmo sendo “impossível” e “ninguém nunca conseguiu antes”
Porém, há um efeito mais específico do “não coma isso” que aparece bastante, além de uma punição por si só, que está mais relacionado ao mito das fadas.
Quando pensamos em fadas, vem logo na cabeça algo parecido com a Sininho ou a fada da Cinderela. Normalmente representada como mulheres, elas realizam desejos, na maioria das vezes são menores que humanos e em geral são criaturas boas, mesmo que às vezes fiquem irritadas.
As fadas vêm de lendas europeias, o termo é usado para descrever criaturas mágicas, com formato humanoide e que realizam desejos… Mas os viajantes precisam tomar cuidado dobrado perto dessas criaturas, pois são conhecidas por seus truques que enganam muitos desavisados.
Entre vários tipos, existem os chamados changeling, que eram fadas deixadas no lugar de crianças roubadas. Essas crianças humanas que eram roubadas iam para o mundo das fadas, que em muitas culturas é representado como o subterrâneo, e elas não conseguiam mais sair dali se já tivessem comido algo originário desse lugar.
É sobre essa ideia que quero conversar hoje: Humanos que comeram o que não deviam e ficaram presos em um mundo diferente do seu.