“Não estamos sós” ou um desabafo no 8 de março

shepard

Desenho maravilhoso da Kaol da melhor salvadora da galáxia que você respeita

No 8 de março, dia internacional da mulher, eu normalmente escreveria algum texto sobre as personagens que me marcaram pessoalmente ou a cultura pop em geral, já que né, é sobre isso que eu falo. Estou participando da ação #WeCanNerdIt que você pode ver mais no último texto que eu escrevi. Mas esse texto é um pouco diferente.

Que ser mulher não é fácil todo mundo já sabe, ainda mais se você for uma mulher fora do padrão. São tantos tipos de opressões que podem acontecer que se eu listar todas, a gente não para hoje.

Pensando nas pessoas que criam conteúdo para a cultura pop em geral, as personagens femininas geralmente são um dos grandes assuntos no dia de hoje. Aqui mesmo eu já fiz duas listas para o 8 de março, comemoramos quando vemos uma representação legal e gostamos de pensar no poder de “fight like a girl” (lute como uma garota). Também celebramos as mulheres reais que trabalham nessa indústria que, como sabemos, não é fácil.

E que representatividade importa acho que vocês também já sabem. Não vai acabar com todos os problemas do mundo, mas tem sim o seu papel. Para mim, e talvez para você também, o fato dessas personagens virarem símbolos para algumas de nós, delas nos empoderarem tanto é porque nós somos diminuídas toda a hora na nossa sociedade e de todas as formas.

Continuar lendo

Undertale: O jogo certo na hora certa

56008_undertale

Eu já comecei esse parágrafo algumas vezes e apaguei porque eu realmente não sei como começar esse texto, então vai ser assim mesmo. A questão é que Undertale foi um jogo que me emocionou muito, era o que eu precisava na hora que eu precisava. Eu sou uma pessoa muito apaixonada por histórias ficcionais, sejam livros, filmes, jogos, séries, etc. Esse blog só existe exatamente por essa minha paixão por ficção, então eu já cruzei com várias histórias que me inspiraram e me deixaram pensativa, mas Undertale… É um jogo especial.

Já escrevi um texto com alguns motivos para as pessoas darem uma chance pro jogo, ele é um exemplo incrível de como contar histórias, construir personagens e inovação do sistema de jogos. Mas é mais que isso, não foi só eu que me senti pessoalmente tocada pela história que aconteceu no mundo dos monstros, não é pequeno o número de relatos de pessoas dizendo que Undertale os emocionou.

Então hoje eu vou escrever um texto pouco objetivo sobre porque eu acho que Undertale pega as pessoas tão fundo. Aviso de spoilers de Undertale (tipo, muitos spoilers pesados, tá avisado).

Há três formas de terminar Undertale: Neutro, Pacifista e Genocida. Para ser pacifista não se pode matar nenhum monstro, para ser Genocida precisa matar todos e qualquer coisa no meio disso resulta no final Neutro. Terminar o jogo como Pacifista ou Genocida não só dá uma experiência de jogo completamente diferente, mas também dá informações diferentes sobre o que aconteceu naquele mundo.

Continuar lendo