Remake de FFVII sem machismo. Será que rola?

cloud

Eu sei que eu provavelmente estou entrando naquele território “perigoso” do mundo nerd. A Rebeca Puig (Collant sem Decote) e eu sempre falamos sobre como os fãs machistas de jogos são os piores, então pode ser cutucar a onça com vara curta falar, não de qualquer jogo, mas de um clássico dos videogames. Mas eu também sou fã de jogos e é meu espaço poder falar sobre eles, seja para elogiar ou criticar.

Ano passado foi anunciado o remake de Final Fantasy VII e eu nem conseguia explicar minha empolgação. Não tive PlayStation na época em que o jogo bombou, então tudo que joguei e vi era na casa de amigos enquanto eles jogavam. Isso junto com um inglês bem limitado, fez com que anos depois eu revisitasse os títulos da franquia que não pude aproveitar tanto, o VII incluído.

Final Fantasy VII é um clássico, um marco nos videogames, não só em jogabilidade, mas em história. Na época os críticos diziam que o jogo estava muito a frente de seu tempo. Até hoje Cloud é um dos personagens mais conhecidos de Final Fantasy e dos jogos em geral (e esse texto explica o quão importante ele foi e ainda é).

Dito isso, considerando ser um JRPG de 1997, não é de se surpreender que hoje vejamos problemas que não víamos antes. Quando começamos a problematizar as coisas, um passo importante é olharmos tudo aquilo que gostamos e entender pontos que não nos incomodávamos antes ou não percebíamos.

Quando comecei a listar, vi que FFVII tinha vários problemas. Acho que ninguém precisa excluir um jogo de 97 de suas boas memórias (a menos que queira) por causa disso, mas considerando que ele terá um remake nos tempos de hoje, época em que os debates sobre representação nos jogos estão tão em alta, é importante olharmos esses fatores. Eu sei que todo mundo quer ver um FFVII igual ao antigo com a mecânica melhorada, mas repetir momentos problemáticos do jogo, novamente, numa época que se fala tanto disso, é um tanto quanto irresponsável.

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Os Destaques da E3 2015

No dia 14 de junho os gamers do mundo inteiro pararam o que estavam fazendo para acompanhar a E3 2015, o maior evento de games do mundo, que aconteceu em Los Angeles. Sempre penso em como a E3 deixou de mostrar novidades e ficou no “mais do mesmo”, mas esse ano a convenção foi uma surpresa boa, fazia algum tempo que não víamos tantos lançamentos empolgantes juntos.

As maiores atrações ainda foram as continuações de franquias antigas, mas também tivemos espaço para jogos novos que prometem. Então fiz uma lista dos meus 10 jogos preferidos da E3 2015 e depois alguns comentários gerais sobre o evento.

  • 10 – Unravel

A princípio esse jogo não estaria aqui, perdi uma parte da conferência da EA e não tinha entendido a comoção com o tal jogo. Então resolvi assistir o vídeo mais tarde e confesso que também fiquei comovida com Martin Sahlin, diretor do projeto, que tremia ao mostrar o boneco que fez com objetos de sua casa.

Unravel é um jogo puzzle/plataforma em que o personagem principal é um novelo de lã chamado Yarne, o objetivo do jogo é enfrentar vários desafios usando seu corpo de lã para realizar as tarefas. De acordo com Sahlin, o jogo busca contar uma história sem usar palavras, o que pode ser uma experiência muito interessante.

O jogo foi produzido por um pequeno estúdio chamado Coldwood, que fica na Suécia, inclusive várias regiões do jogo são inspiradas em ambientes europeus. Pode não ser um dos grandes nomes que estamos acostumados, porém ver uma novidade dessas é sempre bom e nos faz lembrar que a E3 não pode ser feita só por franquias antigas. Unravel pode até vir de uma produtora pequena, mas já tem um grande número de fãs esperando para poderem jogar.

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