A moralidade de Undertale

 

SaNs

Sim, eu vou fazer outro texto sobre Undertale.

Quem acompanha meu blog sabe que esse jogo me marcou muito, inclusive já escrevi duas vezes sobre ele aqui. Não adianta, é um jogo com muito conteúdo e abre a possibilidade para vários debates interessantes.

Uma das coisas mais legais dos jogos, pelo menos na minha opinião, é quando o jogador pode escolher o jeito que vai jogar e como suas escolhas são vistas pela moral do jogo. Em Dragon Age, suas escolhas afetam diretamente no quanto seus companheiros vão gostar de você, podem ser seus melhores amigos ou te abandonar completamente, se não tentarem te atacar. Em Mass Effect há um sistema de moralidade que podemos ser Paragon (bonzinhos), Renegade (malvado) ou Paragade (neutro), que afeta drasticamente no futuro da galáxia e até na aparência física de seu personagem. Bioshock vai te dar finais diferentes de acordo com o jeito que você resolveu certas questões.

Em todos esses jogos, por mais que certas opções ruins sejam difíceis de fazer (eu não tenho nenhuma coragem de ser Renegade em Mass Effect ou devolver o Fenris pro Danarius em Dragon Age), ser “malvado” pode não só abrir opções interessantes no jogo, como também é fácil voltar atrás e jogar de outro jeito.

Undertale também tem essa coisa da moralidade, já comentei que há algumas formas de concluir o jogo: Pacifista (não matar ninguém), Neutro e Genocida (matar todo mundo). Até aí, não parece ser muito diferente dos outros jogos, mas tudo na mecânica e narrativa do jogo fazem com que a sua moralidade no jogo torne Undertale uma experiência diferente para cada jogador.

Aviso de spoilers de Undertale (vai lá jogar e volta aqui, eu prometo que é um jogo ótimo e você não vai se arrepender).

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Undertale: O jogo certo na hora certa

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Eu já comecei esse parágrafo algumas vezes e apaguei porque eu realmente não sei como começar esse texto, então vai ser assim mesmo. A questão é que Undertale foi um jogo que me emocionou muito, era o que eu precisava na hora que eu precisava. Eu sou uma pessoa muito apaixonada por histórias ficcionais, sejam livros, filmes, jogos, séries, etc. Esse blog só existe exatamente por essa minha paixão por ficção, então eu já cruzei com várias histórias que me inspiraram e me deixaram pensativa, mas Undertale… É um jogo especial.

Já escrevi um texto com alguns motivos para as pessoas darem uma chance pro jogo, ele é um exemplo incrível de como contar histórias, construir personagens e inovação do sistema de jogos. Mas é mais que isso, não foi só eu que me senti pessoalmente tocada pela história que aconteceu no mundo dos monstros, não é pequeno o número de relatos de pessoas dizendo que Undertale os emocionou.

Então hoje eu vou escrever um texto pouco objetivo sobre porque eu acho que Undertale pega as pessoas tão fundo. Aviso de spoilers de Undertale (tipo, muitos spoilers pesados, tá avisado).

Há três formas de terminar Undertale: Neutro, Pacifista e Genocida. Para ser pacifista não se pode matar nenhum monstro, para ser Genocida precisa matar todos e qualquer coisa no meio disso resulta no final Neutro. Terminar o jogo como Pacifista ou Genocida não só dá uma experiência de jogo completamente diferente, mas também dá informações diferentes sobre o que aconteceu naquele mundo.

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