Horizon: Zero Dawn e as mulheres que salvam o dia

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Nesta semana da mulher, de 1º a 8 de março, portais nerds feministas se juntaram em uma ação coletiva para discutir de temas pertinentes à data e à cultura pop, trazendo análises, resenhas, entrevistas e críticas que tragam novas e instigantes reflexões e visões. São eles: Collant Sem Decote, Delirium Nerd, Ideias em Roxo, Momentum Saga, Nó de Oito , Preta, Nerd & Burning Hell, Prosa Livre, Psicologia&CulturaPop, Valkirias, Kaol Porfírio#wecannerdit 

Não é muita novidade para ninguém que o meio gamer costuma ter muito preconceito, incluindo o machismo. Mulheres não são tratadas da mesma forma em competições online, assim como o número de homens desenvolvendo jogos ainda é maior. Anita Sarkeesian está aí para mostrar que fazer críticas aos estereótipos das mulheres em jogos também não é tão simples assim. Quando um homem padrão faz um comentário, a opinião dele é respeitada, enquanto uma mulher é acusada de tudo antes de ter sua opinião levada a sério.

Eu mesma ainda recebo comentários ofensivos de textos que fiz falando sobre falta de representatividade em jogos, sempre que comento sobre estereótipos em que personagens mulheres são colocadas, entre comentários ofensivos, leio algum do tipo “nem todo o jogo precisa ser sobre preconceito!”. E isso é fato, nem todo o jogo precisa mesmo.

Quando falamos de representatividade na ficção, em geral há duas formas que ela pode acontecer: A história pode sim usar os seus personagens para construir críticas ao preconceito da nossa sociedade, ou pode simplesmente colocar personagens bem construídos lá, sem necessariamente falar sobre os preconceitos que essas minorias passam na vida real. Ambas são representatividades válidas. É importante que a mídia de entretenimento use sua influência para fazer críticas, contando histórias que discutam o preconceito, como no recente Estrelas Além do Tempo (que é ótimo), mas há outras formas também. Eu sou mulher, mas nem por isso meus únicos problemas na vida são relacionados ao meu gênero. Alguns são, mas eu e outras mulheres lidamos com outras questões também.

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Eu fui: Brasil Game Show 2016

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A Brasil Game Show, a maior feira de de games da América Latina, está na sua nona edição. Ela vai até o dia 5 de setembro e há vários stands e jogos para os visitantes testarem. Apesar da feira parecer ter menos lançamentos que no ano anterior, ainda tem muita coisa interessante para ver.

Não tive nenhum problema para entrar e esse ano consegui aproveitar melhor os jogos do que no ano passado. Como sempre, há várias opções de stands para os visitantes aproveitarem: Ubisoft, Sony, Microsoft, Warner, Área Indie…

A minha primeira parada foi o stand da CD Projekt Red, que estava bem localizado e chamativo. Depois do sucesso de Gwent, jogo de cartas do The Witcher 3, a empresa resolveu fazer uma versão online e conseguimos testar um pouco. São quatro opções de baralho, o jogo está todo em português e a experiência é muito divertida. É um pouco difícil pegar o jeito no começo, ainda mais para quem nunca jogou, então espero que eles pensem em uma parte de tutorial para o começo do jogo. Várias regras continuam as mesmas, mas algumas coisas foram mudados. O jogo está bem divertido, recomendo e mal posso esperar o beta!

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O que aconteceu na E3 2016

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Do dia 12 até 16 de junho os gamers do mundo todo ficaram acompanhando as notícias da E3 2016, que aconteceu em Los Angeles. Como sempre, rolaram muitos anúncios, novidades, continuações de franquias conhecidas e entrevistas. Então vou fazer um resumão do que as empresas falaram esse ano.

  • EA

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Como esperado, a EA acabou deixando alguns títulos mais de lado para focar em eSports. Essa área de games tem rendido bastante e tem uma base de fãs muito grande, então não é de se surpreender que eles acabem se focando mais nesse tipo de jogo. Por outro lado, é um pouco chato para os fãs que também querem informações sobre outros títulos da EA.

Titanfall 2 não teve muito espaço, mas trouxe algumas novidades. Vimos um pouco da gameplay no multiplayer e agora também teremos uma opção de campanha offline, de acordo com a EA esse modo dará ao jogador uma oportunidade de entrar mais no universo do jogo. Com mais customização e seis titãs novos, o jogo será lançado no fim do ano.

Mass Effect Andromeda era o jogo que eu mais queria ver e infelizmente não vimos muito. Fiz alguns vídeos falando sobre isso, mas basicamente descobrimos que nosso novo protagonista viajará para a galáxia de Andromeda para encontrar uma nova casa para a raça humana. A Bioware diz que quer colocar muita coisa nova e mais liberdade do que qualquer outro jogo deles já teve. Para mais informações, precisamos esperar o fim do ano.

FIFA 2017 teve bastante destaque. Como sempre, a cada anos os gráficos estão melhores e um dos objetivos da EA é fazer com que o jogador se sinta como se estivesse em um jogo de futebol. Talvez a maior novidade tenha sido o fato de que agora teremos o modo história com o jogador Alex Hunter. Além de partidas, nesse modo poderemos interagir com outros jogadores, técnicos e outras cenas além do futebol em si.

A EA também apresentou o projeto EA Originals, uma iniciativa que busca apoiar produtoras pequenas que estejam criando jogos criativos e talvez não conseguissem tanta visibilidade. Isso veio da repercussão de Unravel ano passado e agora pudemos ver o jogo Fe, da produtora sueca Zoink Games. É um jogo de um filhote que se conecta com a natureza através de música e as criaturas malignas trazem o silêncio. Gosto muito mesmo de ver esse tipo de jogo tendo espaço em conferências desse tamanho.

Também vimos um pouco de Star Wars, sendo o único jogo da EA apresentado por uma mulher. Foi anunciado que os jogos que já temos da franquia ganhará conteúdo novo ao longo do ano. De acordo com a EA, eles ouviram o que os fãs pediram e vão incluir conteúdo dos novos filmes em Star Wars Battlefront no ano que vem. Sem dar muitos detalhes, também descobrimos que a partir de 2018 teremos mais jogos novos da franquia.

Um dos maiores títulos anunciados pela EA foi Battlefield 1. O jogo é ambientado durante a 1ª Guerra Mundial e de acordo com a EA as batalhas sempre serão diferentes uma das outras, seja pelo ambiente ao redor ou pela grande variedade de armas e veículos de guerra. Muitas pessoas tiveram a oportunidade de jogar durante a E3 e a grande maioria das impressões foram positivas, além disso a EA vai disponibilizar a versão beta nos próximos meses. O jogo será lançado em outubro desse ano e também foi apresentado durante a conferência da Microsoft.

Além desses jogos, a EA também falou de iniciativas como a Play to Give, que permitirá que os jogadores contribuam com instituições de caridade enquanto alcançam conquistas em jogos, e também falou sobre novos planos para incentivar e aumentar as competições de games, tanto de eSports quanto de outros jogos como Battlefield.

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Os Destaques da E3 2015

No dia 14 de junho os gamers do mundo inteiro pararam o que estavam fazendo para acompanhar a E3 2015, o maior evento de games do mundo, que aconteceu em Los Angeles. Sempre penso em como a E3 deixou de mostrar novidades e ficou no “mais do mesmo”, mas esse ano a convenção foi uma surpresa boa, fazia algum tempo que não víamos tantos lançamentos empolgantes juntos.

As maiores atrações ainda foram as continuações de franquias antigas, mas também tivemos espaço para jogos novos que prometem. Então fiz uma lista dos meus 10 jogos preferidos da E3 2015 e depois alguns comentários gerais sobre o evento.

  • 10 – Unravel

A princípio esse jogo não estaria aqui, perdi uma parte da conferência da EA e não tinha entendido a comoção com o tal jogo. Então resolvi assistir o vídeo mais tarde e confesso que também fiquei comovida com Martin Sahlin, diretor do projeto, que tremia ao mostrar o boneco que fez com objetos de sua casa.

Unravel é um jogo puzzle/plataforma em que o personagem principal é um novelo de lã chamado Yarne, o objetivo do jogo é enfrentar vários desafios usando seu corpo de lã para realizar as tarefas. De acordo com Sahlin, o jogo busca contar uma história sem usar palavras, o que pode ser uma experiência muito interessante.

O jogo foi produzido por um pequeno estúdio chamado Coldwood, que fica na Suécia, inclusive várias regiões do jogo são inspiradas em ambientes europeus. Pode não ser um dos grandes nomes que estamos acostumados, porém ver uma novidade dessas é sempre bom e nos faz lembrar que a E3 não pode ser feita só por franquias antigas. Unravel pode até vir de uma produtora pequena, mas já tem um grande número de fãs esperando para poderem jogar.

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