Esses últimos dias foram bem complicados. Aconteceram várias polêmicas dentro do mundo nerd, desde a notícia de que a Rey foi tirada dos brinquedos intencionalmente até o salário injusto da Gillian Anderson.
Eu tive mais visualizações do que o normal com o meu último texto sobre as roupas das personagens ficcionais e recebi todo o tipo de feedback. A maioria foi positivo, mas como todo o assunto que pisa em calos, tive alguns negativos. Entre xingamentos e “argumentações” que tinham mais raiva do que lógica, vi um questionamento que achei interessante trazer para um novo texto.
Algumas pessoas questionaram qual era a importância de problematizar algo da ficção. Alguns desses questionamentos vieram como textos que buscavam desmerecer o feminismo. Isso não é uma resposta, eu não tenho intenção de discutir com quem possui a mente fechada e busca qualquer desculpa para desmerecer um movimento só porque se sente confortável na posição privilegiada da sociedade. Na verdade, esse texto é para as pessoas que estão dispostas a conversar sobre problematização, sobre coisas nerds em geral e buscar entender melhor o assunto.
Há vários sites e blogs de minorias questionando e criticando aspectos da cultura pop. Qual a importância disso? Será que é mesmo, como fui acusada, “falta do que fazer” ou realmente existe algo maior aí?
Para começar, acho importante entendermos a importância da ficção. Ela é uma das formas de se contar histórias, é algo imaginado, que não existe, mas sempre passa uma mensagem e pode refletir certas coisas da vida real. Essas histórias são veiculadas através dos meios de comunicação: livros, filmes, séries e até jogos.