Pokemon e a aventura do jogador

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Pokemon Go chegou no Brasil há algumas semanas, tendo mais downloads que alguns dos aplicativos mais usados em celulares e com mais usuários que o Twitter. Um dia depois do lançamento, já dava para ver várias pessoas na rua procurando por pokemon.

Algumas pessoas também aproveitaram a hype e voltaram a jogar as fitas de pokemon, outras esperam ainda mais ansiosamente pela versão Sun e Moon, que será lançada no final desse ano.

Há inúmeros textos e vídeos por aí falando os motivos pelos quais Pokemon Go fez tanto sucesso, de uma forma esse texto tem um pouco disso, mas enquanto deixava a hype me levar e voltava a jogar Pokemon Fire Red, fiquei me perguntando porque a franquia Pokemon em geral fez tanto sucesso ao longo dos anos.

Vamos concordar que o jogo é cansativo e é mais do mesmo boa parte das vezes. Todo mundo já sabe que vai sofrer quando entra em uma caverna cheia de Zubat. Já estamos cansados de treinar com inúmeras batalhas para deixar nossos pokemon bons o suficiente para a Elite dos Quatro. E já sabemos muito bem que alguma equipe criminosa do mal vai tentar fazer algo ruim.

É óbvio que há um trabalho de marketing que faz os jogos de Pokemon serem um sucesso, sem contar que ao longo dos anos o fator nostalgia também ajuda. Mas só isso não faz com que gerações novas sejam criadas e nem que um aplicativo de celular seja tão baixado ao redor do mundo.

Então o que é que faz Pokemon tão grande? O protagonista. Não Red nem Gold, mas o real protagonista: você.

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O que aconteceu na E3 2016

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Do dia 12 até 16 de junho os gamers do mundo todo ficaram acompanhando as notícias da E3 2016, que aconteceu em Los Angeles. Como sempre, rolaram muitos anúncios, novidades, continuações de franquias conhecidas e entrevistas. Então vou fazer um resumão do que as empresas falaram esse ano.

  • EA

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Como esperado, a EA acabou deixando alguns títulos mais de lado para focar em eSports. Essa área de games tem rendido bastante e tem uma base de fãs muito grande, então não é de se surpreender que eles acabem se focando mais nesse tipo de jogo. Por outro lado, é um pouco chato para os fãs que também querem informações sobre outros títulos da EA.

Titanfall 2 não teve muito espaço, mas trouxe algumas novidades. Vimos um pouco da gameplay no multiplayer e agora também teremos uma opção de campanha offline, de acordo com a EA esse modo dará ao jogador uma oportunidade de entrar mais no universo do jogo. Com mais customização e seis titãs novos, o jogo será lançado no fim do ano.

Mass Effect Andromeda era o jogo que eu mais queria ver e infelizmente não vimos muito. Fiz alguns vídeos falando sobre isso, mas basicamente descobrimos que nosso novo protagonista viajará para a galáxia de Andromeda para encontrar uma nova casa para a raça humana. A Bioware diz que quer colocar muita coisa nova e mais liberdade do que qualquer outro jogo deles já teve. Para mais informações, precisamos esperar o fim do ano.

FIFA 2017 teve bastante destaque. Como sempre, a cada anos os gráficos estão melhores e um dos objetivos da EA é fazer com que o jogador se sinta como se estivesse em um jogo de futebol. Talvez a maior novidade tenha sido o fato de que agora teremos o modo história com o jogador Alex Hunter. Além de partidas, nesse modo poderemos interagir com outros jogadores, técnicos e outras cenas além do futebol em si.

A EA também apresentou o projeto EA Originals, uma iniciativa que busca apoiar produtoras pequenas que estejam criando jogos criativos e talvez não conseguissem tanta visibilidade. Isso veio da repercussão de Unravel ano passado e agora pudemos ver o jogo Fe, da produtora sueca Zoink Games. É um jogo de um filhote que se conecta com a natureza através de música e as criaturas malignas trazem o silêncio. Gosto muito mesmo de ver esse tipo de jogo tendo espaço em conferências desse tamanho.

Também vimos um pouco de Star Wars, sendo o único jogo da EA apresentado por uma mulher. Foi anunciado que os jogos que já temos da franquia ganhará conteúdo novo ao longo do ano. De acordo com a EA, eles ouviram o que os fãs pediram e vão incluir conteúdo dos novos filmes em Star Wars Battlefront no ano que vem. Sem dar muitos detalhes, também descobrimos que a partir de 2018 teremos mais jogos novos da franquia.

Um dos maiores títulos anunciados pela EA foi Battlefield 1. O jogo é ambientado durante a 1ª Guerra Mundial e de acordo com a EA as batalhas sempre serão diferentes uma das outras, seja pelo ambiente ao redor ou pela grande variedade de armas e veículos de guerra. Muitas pessoas tiveram a oportunidade de jogar durante a E3 e a grande maioria das impressões foram positivas, além disso a EA vai disponibilizar a versão beta nos próximos meses. O jogo será lançado em outubro desse ano e também foi apresentado durante a conferência da Microsoft.

Além desses jogos, a EA também falou de iniciativas como a Play to Give, que permitirá que os jogadores contribuam com instituições de caridade enquanto alcançam conquistas em jogos, e também falou sobre novos planos para incentivar e aumentar as competições de games, tanto de eSports quanto de outros jogos como Battlefield.

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Nostalgia! 20 Anos de Pokémon

E aí gente, como é que vocês estão?

Fazia tempo que eu não gravava vídeo e acho que nunca fiz nada específico sobre Pokémon, então resolvi juntar essas duas coisas e fazer um vídeo falando sobre minhas experiências com Pokémon, afinal semana passada uma das franquias que mais marcou a minha geração fez aniversário de 20 anos!

Então vejam um vídeo onde eu comento minhas coisas favoritas, líderes de ginásio difíceis e histórias bobas.

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Autoinserção, criatividade e poder ser qualquer coisa

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Nesses últimos dias pesquisei muito sobre o termo Mary Sue por causa da polêmica da Rey, por causa disso acabei me deparando com outro tópico que resolvi falar sobre. Como já disse nesse texto, o termo Mary Sue é usado para personagens mulheres consideradas perfeitas, boas em tudo, já que as meninas que escreviam fanfics se autoinseriam como personagens sem defeitos em suas histórias. Fanfic, para quem não sabe, é quando um fã escreve alguma história em um universo ficcional que já existe.

Podemos fazer uma reflexão, que também vai fazer ligação com esse outro texto meu, sobre algo considerado “de mulher” ser ridicularizado, se a maioria das pessoas que escrevessem fanfics na época fossem homens e eles inserissem em suas histórias personagens como eles, talvez os termos Mary Sue e Gary Stu nunca tivessem existido. Mas já falei dessa questão no texto apontado aqui, o foco agora é falar sobre autoinserção.

Autoinserção é quando um escritor escreve um personagem que na verdade é ele mesmo. Isso não acontece só em fanfics, Tolkien admitiu que Faramir era o personagem que representava ele mesmo no mundo do Senhor dos Anéis.

Porém se pararmos pra pensar, a autoinserção é algo que pode acontecer de outras formas. Por exemplo, quando você joga um RPG, seja de mesa ou no videogame, e faz um personagem parecido com você fisicamente ou psicologicamente, isso é um tipo de autoinserção. Nos meus anos de fandom, fóruns e tumblr, percebi que não era incomum encontrar autoinserção de todas as formas: fanfics, jogos e em fanart.

O que ficou na minha cabeça depois de pesquisar sobre o termo Mary Sue é que, se poucas pessoas fizessem a tal da autoinserção, nunca teriam criado o termo e nem feito uma fanfic só para criticar a prática (óbvio que só as meninas que faziam isso eram o alvo da crítica né). Tanto isso quanto meus anos de fandom me mostram que a autoinserção não é algo incomum. Aí eu me perguntei: Mas por que as pessoas fazem isso

Quando pensei sobre escrever esse texto, comecei a pesquisar sobre o assunto para ver se encontrava alguma fonte que me apontasse o motivo das pessoas quererem se colocar nas ficções. Uma das coisas que me chamou atenção é que, ao contrário do que eu acreditava, não tinha muitos textos sobre o assunto. Os que encontrei era muito ligado ao termo Mary Sue e outros falavam de autoinserção como se fosse algo ruim.

Entre esses textos “contra” autoinserção, os argumentos eram que, se em um RPG você poderia ser qualquer coisa, por que escolher ser você mesmo? Outro dizia que se afastar do que você é aumenta a criatividade e ainda um terceiro argumento dizia que as pessoas que escreviam autoinserção é porque tinham dificuldade de escrever sobre o outro.

Nenhum desses argumentos me deixou muito feliz.

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