Demolidor | Segunda Temporada

daredevil

Quem sentiu falta do Demolidor? Quase um ano depois do lançamento da primeira temporada, os fãs agora podem ver a continuação dos acontecimentos de Hell’s Kitchen em 13 novos episódios. Muita gente anda falando por aí que essa temporada é melhor que a primeira. Eu sinceramente não sei se concordo, na primeira temporada eu não esperava muito, então a série superou minhas expectativas e poucas coisas me incomodaram. Com a segunda temporada eu esperei bastante e, ao mesmo tempo em que gostei de muitas coisas, não gostei de outras. Lembrando que a minha crítica é baseada unicamente na série da Netflix, até porque não li o quadrinhos.

Começamos vendo Matt, Foggy e Karen tentando tocar a Nelson & Murdock sem falir, mesmo com o sucesso do caso de Fisk. Enquanto isso, descobrimos que existe um novo “herói” na cidade que está eliminando todas as gangues que tentam tomar a posição deixada por Fisk. Esse é o Justiceiro, interpretado por Jon Bernthal, que começa a temporada matando uma gangue de irlandeses.

Os primeiros episódios aparecem como um arco introdutório para o caos que continua em Hell’s Kitchen e, ao mesmo tempo, na vida de Matt, então nada mais adequado que, depois dos produtores explicarem como estão as coisas, apresentarem uma personagem que vai ser fundamental para o resto da temporada: Elektra, interpretada por Elodie Yung.

Tecnicamente Demolidor continua tão incrível como antes, a fotografia é sensacional e por momentos me vi olhando para alguns planos realmente impressionada com o trabalho feito. As cenas de luta continuam divertidas e violentas, inclusive para o meu gosto talvez até violentas demais. A impressão que tenho é que em quantidade, a segunda temporada teve menos momentos violentos, mas certas cenas foram tão gráficas que me questionei sobre a necessidade delas serem feitas de tal forma.

Nessa temporada há vários conflitos acontecendo ao mesmo tempo, ao contrário da primeira em que Fisk era o “vilão principal”, na maior parte da segunda temporada não sabemos exatamente quem ocupa esse espaço, o que acabou fazendo com que certas revelações fossem anticlimáticas.

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Penny Dreadful | Segunda Temporada

Essa semana chegamos ao fim de mais uma temporada de Penny Dreadful. A série da Showtime se passa em uma Londres gótica, mostrando a trajetória de Vanessa Ives, Ethan Chandler, Victor Frankstein e outros personagens que povoam esse universo. Assim como na primeira temporada, e agora provavelmente foi mostrado mais do que nunca, a série fala dos demônios que estão dentro de nós.

Seguindo o caminho deixado pela primeira temporada, Vanessa se vê ameaçada por um novo grupo: As bruxas que querem levar a “esposa” (no caso, Vanessa) de volta para Lúcifer. Enquanto isso, Ethan está lidando com o peso das consequências do final da última temporada, Malcolm fica um pouco de lado na trama, John Clare continua tentando achar seu lugar no mundo, Lily ganha empoderamento e tanto Dorian quanto Victor mostram seus lados mais perversos.

Tenho sentimentos mistos com essa temporada. Ao mesmo tempo que acho que ela acertou muito em certos pontos e me fez ficar interessada em momentos que geralmente eu não ficaria, acredito também que ela possuiu partes fracas. Não que a primeira temporada não tenha pecado assim também, mas pelo menos pra mim, que gosto muito desse ambiente gótico, estava tão contente em ver uma série como essa e como tudo era novidade, relevei mais no meu julgamento.

Como sempre, acredito que Penny Dreadful falha mais uma vez com seus vilões, mas melhora. Os vampiros da primeira temporada eram uma ameaça escondida da tela, o que faria o momento de revelação muito mais interessante, só que… Ele não existe. Malcolm resolve os problemas com seu fantasma do passado e parece que os vampiros falaram “Tudo bem, deixa quieto”. As bruxas tiveram um espaço maior, vimos elas se preparando para derrotar Vanessa e inclusive brigas internas, mas ainda assim foi pouco.

Eva Green é sempre um show, Vanessa teve vários momentos focados nela, inclusive mais que na primeira temporada, destaco aqui o terceiro episódio que foi um flashback só dela, que a princípio achei forçado (e não gosto de episódios só em flashback), mas se tornou um dos meus favoritos e com certeza um dos melhores episódios da série.

Acredito que, em geral, as trajetórias dos personagens melhoraram, mesmo que em alguns momentos do roteiro o papel de cada um ali tenha ficado fraco. Artisticamente a série continua me agradando muito, mesmo nos momentos exagerados, ela afirma o seu lado gótico, com grandes vestidos vermelhos esparramados pelo chão e valsas sangrentas. Não acho que a história da primeira e da segunda temporada tenham amarrado muito bem, mas com algumas revelações acredito que a terceira temporada vá ser o elo que ligue os acontecimentos das duas, então a expectativa para a próxima é grande.

No final das contas, a segunda temporada erra em vários momentos, inclusive com um começo fraco e episódios mornos, porém ganha ritmo mais para o final e deixa a audiência curiosa para ver o que vai acontecer depois, com mais ganchos soltos do que a primeira temporada. Espero muito que a terceira temporada venha para fazer o que a segunda começou: Amarrar as pontas entre os acontecimentos e terminar de mostrar que aqueles “heróis” não são todos bons.

Abaixo análise com spoilers.

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