Eu fui: Campus Party Brasil 2016

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Foto: Davi Valente/Campus Party Brasil

Semana passada aconteceu a Campus Party Brasil 2016, que é um evento de tecnologia que aborda vários temas como empreendedorismo, jogos, mídias sociais, inovação, etc. A última vez que fui nesse evento foi lá em 2013 e sempre tive contato com algumas pessoas que trabalhavam lá. Até o ano passado era a Futura que organizava o evento, mas como ela fechou, a MCI Brasil assumiu a organização.

Sempre gostei muito do esquema que a Campus Party funciona. O evento dá uma boa variedade de mesas, chama convidados bem interessantes e, mesmo que você não consiga uma cadeira para uma mesa específica, você ainda pode ver o debate do lado de fora, o que não exclui ninguém das atividades, ao contrário de outros eventos. O esquema de acampar, instalar o seu próprio computador lá e aproveitar a semana enquanto participa de uma mesa aqui ou ali também proporciona uma experiência única.

Agora, como fui em 2013, não pude deixar de notar algumas diferenças, umas boas e outras nem tanto.

A primeira coisa que me chamou atenção foram as mesas e o conteúdo delas. O que eu sempre gostei ainda estava lá: além dos campuseiros participarem de mesas com temáticas diferentes, mesmo quem não conseguia lugar ainda podia aproveitar, tudo era transmitido pelo streaming, então mesmo as mesas com horários difíceis podiam ser assistidas… Além disso, quando penso nos outros eventos, esse ano as mesas me pareciam mais inclusivas, tanto nos convidados quanto no conteúdo. Tivemos mulheres falando sobre cyberbullying, representação na cultura pop, ética nos jogos, etc. Também vi mulheres dando workshops de criação de personagens e dividindo mesas com homens para falar sobre jogos e maternidade/parternidade no mundo nerd.

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6 motivos para você assistir Black Mirror

Há alguns dias atrás, foi anunciado que a Netflix produziria 12 episódios novos da série britânica Black Mirror. A série foi criada por Charlie Brooker e possui apenas sete episódios que, sem relação uns com os outros, falam sobre a relação dos seres humanos com a tecnologia.

É uma notícia incrível, a Netflix vem mostrando um trabalho ótimo na produção de séries, como por exemplo Orange is the New Black, Sense8, Daredevil, etc. A única preocupação que eu tenho, que é pequena, é que com o aumento do número de episódios, a série perca uma das suas grandes características, que são os episódios independentes, e adote uma narrativa linear. De resto, as expectativas são as melhores.

Conheci Black Mirror ano passado e desde então digo que é a melhor série que já vi na vida. Infelizmente, a maioria das pessoas com quem comento não conhece a série ou, se já ouviu falar, nunca assistiu nenhum episódio. Com esse anúncio da Netflix, a série vai ganhar um alcance maior, mas acho que vale a pena, desde agora, aumentar a hype geral e dar alguns motivos para todo mundo já começar a assistir a série.

A postagem não possui spoilers, então pode ler sem medo.

  • Episódios independentes

Para muitas pessoas isso pode ser um ponto negativo, afinal de contas o roteiro não poderia usar o gancho de um episódio para o outro afim de manter a curiosidade dos telespectadores. Porém, nesse caso, leio como um ponto positivo. Com um episódio para tratar de cada tema, o roteiro se foca naquela mensagem específica que quer passar e em questão de uma hora consegue concluir o que pretende mostrar. Cada episódio diferente aumenta a variedade de assuntos abordados, nunca sabemos o que esperar, nem mesmo os atores são os mesmos, então é sempre uma surpresa (boa).

Além disso, os episódios se passam em tempos diferentes, enquanto um episódio poderia acontecer amanhã, outros obviamente estão acontecendo em algum ponto do futuro. Independente do tempo em que se passam, todas as questões e tecnologias parecem possíveis.

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