Stranger Things | Primeira Temporada

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Stranger Things é a nova série da Netflix, ela foi criada pelos irmãos Duffer e mistura elementos de terror, ficção científica e suspense. Ambientada na década de 80, a série mal foi lançada e já deu o que falar, conseguindo vários fãs e sendo renovada para a segunda temporada.

No interior dos Estados Unidos, um garoto chamado Will Byers desaparece de casa. Joyce Byers, a mãe do menino, começa a procurar por pistas junto com o policial Jim Hooper e o filho mais velho Jonathan Byers. Enquanto isso, Mike Wheeler, amigo de Will, encontra uma menina perdida na floresta, chamada El (de Eleven, que em português é Onze). Ao longo de oito episódios as pistas vão se juntando e as pessoas daquela cidade percebem que os acontecimentos estranhos estão mais conectados do que imaginam.

Essa é uma daquelas séries que você não consegue parar de assistir. Cada episódio vai apresentando pistas novas e faz com que o público tenha vontade de ir adivinhando junto com os personagens o que está acontecendo. A história é cheia de momentos tensos, divertidos e interessantes. O que é a criatura? O que aconteceu com El? Onde está Will? O que está acontecendo naquela cidade? Todas as perguntas principais vão sendo respondidas aos poucos e de formas interessantes.

Apesar de ser uma história que te prende, o roteiro não é perfeito. Há sim momentos em que a trama se perde um pouco ou que os personagens conseguem certas coisas com muita facilidade. Apesar do passo da série ser bom, a história apresenta certas descobertas de formas não muito convincentes.

Stranger Things te transporta para os anos 80: temática, trilha sonora, clichês… A ambientação é muito bem feita e com certeza deixa muitos fãs do gênero nostálgicos ao assistirem. A série também é cheia de referências nerds da época e é muito divertido ver o núcleo das crianças comparando o que acontecia com eles com momentos de mesas de RPG.

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Os personagens são em geral muito interessantes, por mais que uns sejam mais importantes para a história do que outros, em geral o tempo dos personagens é bem dividido. Por ter um bom número de personagens, a história se divide em núcleos e vai mostrando como cada um deles pensa, age em relação ao que está acontecendo e como eles pretendem resolver os mistérios da cidade.

Apesar dos personagens serem divertidos e nenhum núcleo ser entediante, aqui também temos alguns erros. A série parece deixar as coisas muito fáceis para Hooper em certos momentos, fazendo outros personagens ao seu redor parecerem incompetentes. Há também alguns estereótipos desnecessários. Eu sei que a ideia é falar dos anos 80, mas ainda é uma série lançada em 2016. Adorei as personagens mulheres, mas além de serem poucas, suas representações falham em alguns momentos. Entre os principais só existe um personagem negro, Lucas, que muitas vezes é colocado como o errado quando discute com o “líder do grupo”, Mike, que é um menino branco.

No final há coisas que não são muito bem concluídas, seja pelo arco de personagem ou pelo roteiro em si. A série já foi renovada para a segunda temporada, então pode ser que algumas coisas sejam melhores resolvidas lá, mas de fato nos últimos episódios a história parece perder o fôlego.

Stranger Things não é uma série perfeita, mas com certeza prendeu a atenção de muita gente e conquistou muitos fãs. Ela tem pontos positivos, algumas falhas que podiam ser melhoradas, mas vale a pena conferir. Os mais assustados podem ficar tranquilos, são pouquíssimos os momentos que assustam.

Agora farei algumas considerações com spoilers. Então se você não viu ainda, vai lá ver e volta.

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Eu li: Sonho Febril

E aí gente, como é que vocês estão?

Faz um tempo que não falo sobre livro nenhum, mas hoje saiu vídeo com resenha de Sonho Febril, um livro do George R. R. Martin. Sim, o cara do Game of Thrones!

O livro é um misto de terror e suspense, fala muito sobre vampiros e a relação que eles teriam com humanos. No vídeo comento o que gostei, o que não gostei e minhas impressões gerais.

O VEDA ainda tá rolando! Então se quiser pode para sugerir um tema para os vídeos desse mês!

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Quando mulheres não podem ser humanas

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O texto contém spoilers de Until Dawn.

Essa reflexão de hoje começou com esse texto que está nos meus favoritos e com alguma frequência abro para ler de novo. Alguns dias depois voltei a pensar no assunto quando assisti Garota Sombria Caminha pela Noite. Certos eventos pessoais e coisas que observei mais a fundo na ficção me fizeram cada vez mais pensar nesse tema, até que hoje resolvi fazer um texto, meio desabafo, sobre isso.

Recentemente, como vocês sabem, zerei Until Dawn, um jogo de terror. Apesar de ter gostado bastante do jogo, um ponto importante da narrativa me incomodou bastante e tem tudo a ver com o assunto em questão.

Em Until Dawn, Hannah é apaixonada por Mike. Ela fazia testes em revistas adolescentes para ver se conseguiria ficar com ele, escreveu sobre ele em seu diário e até fez uma tatuagem pra provar o quão “cool” ela era. Os amigos deles descobriram dessa queda que Hannah tinha por Mike e, como ele tinha uma namorada, Emily, eles resolveram fazer uma brincadeira de mau gosto: Fazer Mike fingir que eles iam ficar juntos para gravarem Hannah tirando a roupa. Independente deles terem intenção de divulgar ou não, isso é exposição.

Resultado: Hannah foge, sua irmã gêmea, Beth, vai atrás, as duas caem de um penhasco e são dadas como desaparecidas. Durante o jogo descobrimos que Beth morreu, mas Hannah sobreviveu e como não conseguiu sair das minas em que caiu, precisou comer o corpo morto da irmã pra sobreviver, o que a transformou em um Wendigo. Eu só conseguia pensar em como não era justa essa história, Hannah era uma moça ingênua, que confiava e amava Mike e por querer ter algo com ele, acabou caindo de um penhasco e se tornando em um monstro.

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Crítica: Until Dawn

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Em resumo, um jogo de terror no estilo Heavy Rain. Until Dawn, lançado pela Supermassive Games em 2015, é exclusivo para PlayStation 4 e segue aquela linha de “filme interativo”, bastante cenas e diálogos, mais focado em história e com pouco combate.

Until Dawn fala sobre 8 amigos que todo ano passam o inverno numa casa na montanha. No ano anterior, após uma “brincadeira” de mau gosto, Hannah foge para o meio da floresta e sua irmã gêmea, Beth, vai atrás para tentar trazê-la de volta. As duas ouvem barulhos estranhos na floresta e começam a fugir, mas acabam tropeçando de um penhasco e caindo de lá. Um ano depois que elas foram dadas como desaparecidas, o irmão das duas, Josh, convida o grupo para visitar a casa novamente, mas várias coisas estranhas começam a acontecer.

A história lembra muito aqueles filmes de terror clássicos: um grupo de adolescentes que enfrentam criaturas desconhecidas depois de um evento traumático do passado. Entre eles existem vários romances: Emily é ex do Mike e namora Matt, mas talvez ainda tenha um caso com o ex, Jessica é atual do Mike e fica incomodada com Emily, Chris tem uma queda por Ashley e a “brincadeira” feita com Hannah acontece porque Emily tem ciúmes dela com Mike. O interessante é que o jogo usa isso, não só para cenas de brigas entre os personagens, mas há uma página de status no menu em que podemos ver o quanto eles gostam um dos outros, que pode afetar certas decisões no jogo.

O jogo é dividido em 10 capítulos e só depois de ser zerado uma vez que você pode voltar para cada capítulo e refazer suas escolhas. No começo, Until Dawn já nos apresenta o mecanismo efeito borboleta: a cada decisão grande, borboletas aparecerão na tela e no menu podemos ver essas decisões e suas consequências mais tarde. Também podemos encontrar objetos que mostram o futuro e podem nos ajudar com certas escolhas.

Apesar de certos eventos do jogo não mudarem muito de acordo com o que você escolhe, é responsabilidade totalmente do jogador de manter os 8 adolescentes vivos e as mudanças nos fazem querer jogar mais de uma vez para tentar encontrar todas as pistas e finais. Apesar dos eventos parecerem todos distantes um dos outros e que o jogo vai adicionando inimigos sem motivo, no final tudo se conecta e faz sentido.

Há vários vídeos nos extras mostrando como o jogo foi feito, inclusive com os atores que fazem os personagens falando sobre como foi. Aliás, os personagens são um dos motivos pelo qual o jogo é tão divertido, nos pegamos odiando e amando alguns deles, entendendo seus jeitos e motivações. Quando eu joguei, tudo que eu queria era que Mike e Emily se ferrassem enquanto Sam saísse da casa sã e salva.

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Eu li: Estrela da Manhã

E aí gente, como é que vocês estão?

Tem vídeo novo no canal! A resenha é do novo livro do André Vianco: Estrela da Manhã. A história é sobre Rafael, um menino que sofre bullying na escola e resolve pedir ajuda para um demônio por um aplicativo de celular, mas as coisas não acontecem bem do jeito que ele imaginava.

Um comentário que esqueci de fazer no vídeo: Outra coisa que senti falta foi uma explicação maior de como o aplicativo funciona, da onde ele surgiu e quem passou o link para Rafael no tabuleiro ouija. Não que precisássemos de todos os detalhes, mas acho que mais perto do final poderia ter um diálogo explicando melhor essa parte. De qualquer forma, ainda é um livro que gostei bastante e recomendo!

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O universo de Battle Royale

Battle Royale é um livro do autor japonês Koushun Takami, lançado em 1999. Mais tarde, a história foi adaptada para o cinema e também rendeu 15 volumes de mangá.

A história se passa em um futuro não muito distante em que o Japão, conhecido como a Grande República do Leste Asiático, aprova o ATO BR para impedir que a sociedade se rebele contra o governo. Essa lei diz que todo o ano será sorteada uma sala de uma escola, com adolescentes entre 15 a 16 anos, que será colocada em uma ilha. De 42 alunos, apenas 1 pode sair vivo.

Parece familiar, não? Jogos Vorazes possui muitos elementos similares e ambas as histórias fizeram bastante sucesso. Há muitos coisas e mensagens que podem ser analisadas em Battle Royale.

Caso não tenha visto o filme ou lido o mangá e o livro, sugiro que pare de ler aqui. Recomendo bastante a história, apesar das minhas reclamações e do conteúdo forte. Aviso de conteúdo: sangue, violência, abuso sexual e estupro (só no mangá, no livro e no filme eles não chegam a acontecer).

Aviso de spoilers.

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