Jogos com Mulheres Protagonistas

rise_of_the_tomb_raider_screen54

Estudos recentes mostram que a maioria dos gamers são mulheres. Por mais que ainda exista muita gente que insista em não acreditar nisso, dá para ver que algumas partes da indústria estão mudando para satisfazer essa parte do público. Ainda é pouco e temos muito o que melhorar, mas agora também vemos mais mulheres exigindo que as empresas de jogos pensem nelas quando criarem seus jogos.

Então se você tá afim de jogar alguma coisa que tenha uma mulher como protagonista, aí vão algumas sugestões de jogos recentes (sem spoilers!):

  • Transistor

transistor0516141280jpg-dcf9b8_1280w

Transistor é um RPG da Supergiant Games lançado em 2014, disponível para PC, Mac e PS4. A protagonista Red, uma cantora da cidade Cloudbank, é atacada por robôs que servem um grupo chamado Camerata. Red consegue escapar e fica com uma espada, Transistor, que guarda partes das pessoas que foram mortas pela espada. O plano era que Red fosse eliminada com essa arma, mas não funciona e Transistor é enterrada no peito de um homem desconhecido. Ele morre e a espada absorve parte desse homem, junto com a voz de Red. O grupo Camerata quer a espada de volta e Red precisa enfrentá-los.

Como Red é uma protagonista muda, as falas do jogo ficam por conta da voz do homem dentro da espada. Isso poderia ter dado errado, mas Transistor consegue criar não só uma protagonista muito boa, como uma relação muito interessante entre o objeto e Red. Quando temos um protagonista mudo, normalmente suas ações, o falta de, são o que definem a personalidade do personagem e Transistor sabe usar isso bem.

Além de Red ser o centro da trama, o jogo é muito divertido, o universo é interessante e a história deixa pontos abertos para a interpretação do jogador. Nem todo mundo é fã disso, mas nesse jogo essa abordagem parece encaixar bem.

Continuar lendo

Eu fui: Brasil Game Show 2015

A Brasil Game Show é a maior feira de games da América Latina, ela sempre acontece no Expo Center Norte e mostra as novidades dos mundos dos jogos pro Brasil, que é um dos países no mundo que mais consome videogames.

O evento acontece do dia 08 até dia 12 de outubro, sendo que o primeiro dia é fechado para imprensa e negócios. Hoje eu e a Rebeca (Collant sem Decote) fomos dar uma olhada no evento e nas novidades.

Falando do evento em geral, achei esse ano um pouco mais cheio que no ano passado. Em 2014 as filas eram menores e não desisti de jogar nada que queria, esse ano acabei abrindo mão de Dark Souls 3 (pois é, triste) porque não dava pra ficar esperando lá e ver todo o resto. Isso pode significar que a BGS tem aberto mais espaço para blogs e canais menores conseguirem ter acesso ao dia da imprensa, o que é bem legal porque nesse meio a gente sabe que nome muitas vezes acaba contando mais que qualquer outra coisa.

Esse ano vi várias pessoas gravando gameplays, o que foi bem legal porque ano passado não podíamos subir com câmeras nas áreas de jogos. Porém, senti falta de mais anúncios, ano passado fiquei boa parte do tempo em um dos stands só vendo anúncios de jogos com seus diretores, esse ano acho que só teve (por enquanto) um na Sony e outro em um stand que não consegui ver qual era.

IMG_2973

Na entrada já aparecem os stands maiores, como Activision, Ubisoft, Sony, etc. Ao lado disso tinha um pavilhão voltado à internet, então vimos stands do Youtube, Azubu, IGN, etc. Depois da praça de alimentação tinha algumas lojas e a área Indie, que infelizmente fica afastada do resto.

Antes de falar dos jogos que consegui testar e sugestões pra galera que vai nesses próximos dias, preciso fazer uma reclamação que sempre volta quando vou em eventos geek/nerds: Booth Babes. Em 2015 esse tipo de evento ainda encontra a necessidade de colocar mulheres com roupas curtíssimas e coladas em seus stands para atrair público. Não sei se preciso falar o óbvio, mas isso não é legal, objetifica a mulher que tá ali e assume que todo o público de jogos é homem cis hétero, o que não é verdade. É ofensivo e me faz girar os olhos toda a vez. Vou dar alguns pontinhos porque, de todos os eventos que já fui, a BGS desse ano tinha as Booth Babes “menos piores”, mas só vou parar de reclamar quando não tiver mais nenhuma, tá certo? Sério migo, tá feio, pare.

Continuar lendo

Os Destaques da E3 2015

No dia 14 de junho os gamers do mundo inteiro pararam o que estavam fazendo para acompanhar a E3 2015, o maior evento de games do mundo, que aconteceu em Los Angeles. Sempre penso em como a E3 deixou de mostrar novidades e ficou no “mais do mesmo”, mas esse ano a convenção foi uma surpresa boa, fazia algum tempo que não víamos tantos lançamentos empolgantes juntos.

As maiores atrações ainda foram as continuações de franquias antigas, mas também tivemos espaço para jogos novos que prometem. Então fiz uma lista dos meus 10 jogos preferidos da E3 2015 e depois alguns comentários gerais sobre o evento.

  • 10 – Unravel

A princípio esse jogo não estaria aqui, perdi uma parte da conferência da EA e não tinha entendido a comoção com o tal jogo. Então resolvi assistir o vídeo mais tarde e confesso que também fiquei comovida com Martin Sahlin, diretor do projeto, que tremia ao mostrar o boneco que fez com objetos de sua casa.

Unravel é um jogo puzzle/plataforma em que o personagem principal é um novelo de lã chamado Yarne, o objetivo do jogo é enfrentar vários desafios usando seu corpo de lã para realizar as tarefas. De acordo com Sahlin, o jogo busca contar uma história sem usar palavras, o que pode ser uma experiência muito interessante.

O jogo foi produzido por um pequeno estúdio chamado Coldwood, que fica na Suécia, inclusive várias regiões do jogo são inspiradas em ambientes europeus. Pode não ser um dos grandes nomes que estamos acostumados, porém ver uma novidade dessas é sempre bom e nos faz lembrar que a E3 não pode ser feita só por franquias antigas. Unravel pode até vir de uma produtora pequena, mas já tem um grande número de fãs esperando para poderem jogar.

Continuar lendo