Capitão América: Guerra Civil | Crítica

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Finalmente chegou! Um dos filmes mais esperados da Marvel vem com tudo para seguir a tendência de heróis x heróis. Amanhã, dia 28 de abril, estreia Guerra Civil e sim, você devia correr pra comprar o ingresso porque o filme tá muito bom.

Eu já fiz um vídeo sem spoilers sobre o filme, mas repetindo algumas coisas: Não é preciso ver todos os filmes da Marvel para entender o que acontece em Guerra Civil, basta ver os outros Vingadores e você deve entender tudo (saber um pouco da história entre o Bucky e o Capitão América, que é tratada nos filmes dele, também ajuda).

As pessoas que não leram os quadrinhos também podem ficar tranquilas, o roteiro faz um trabalho muito bom de adaptar a história, mesmo não sendo muito fiel, ela consegue trazer muitas das questões levantadas nos quadrinhos. O arco da Guerra Civil tem vários capítulos, então não seria possível adaptar tudo fielmente para um filme de duas horas e meia, mas acho que a Marvel mandou bem.

Pra quem, assim como eu, não leu Guerra Civil, vou explicar rapidamente o conflito nos quadrinhos: Vários embates dos heróis contra os vilões resultavam em mortes de civis e destruições das cidades, é só ver a quantidade de prédio quebrado durante qualquer luta de Os Vingadores. A população e os governos de vários países começam a questionar o que está acontecendo e boa parte quer responsabilizar super-heróis pelas mortes e danos causados. Por conta disso, surge o Ato de Registro de Super-Heróis, ou seja, toda a pessoa, podendo ser alienígena ou humano, que tiver algum tipo de poder e aja como vigilante precisa se registrar e revelar sua identidade secreta para o mundo. Isso faz com que os governos dos países possam não só responsabilizá-los no caso de tragédia, mas também monitorar suas atividades.

Muitos personagens da Marvel entram nesse conflito e escolhem um lado, um é o do Capitão América, que é contra esse Ato de Registro, e o outro é do Homem de Ferro, que é a favor.

No filme não é bem isso, mas o conflito criado tem semelhanças com o original. Depois da batalha final em A Era de Ultron, que destruiu boa parte de Sokovia, e de um conflito que não acabou muito bem durante o começo de Guerra Civil, os Vingadores são pressionados por mais de 100 países e também alguns entre eles, como o Homem de Ferro, a assinar o Tratado de Sokovia, que faz com que os Vingadores devam responder à ONU. Como já mencionei, o Homem de Ferro é a favor enquanto o Capitão América é contra, até porque Bucky vai acabar entrando na história, então começa a Guerra Civil.

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O filme, dirigido por Anthony Russo e Joe Russo, é muito melhor do que eu esperava. Não que eu achasse que o filme fosse ser ruim, mas achei que seria algo um pouco melhor que A Era de Ultron. De todo o núcleo dos Vingadores e filmes solos de cada herói, Guerra Civil é possivelmente o melhor longa que vimos até agora.

Nada como um roteiro bem feito. Tudo que aparece no filme tem um motivo e em vários momentos no final eles te apresentam a resolução de algo que apareceu no começo. Porque esse filme tem um roteiro com pontas amarradas, que não só apresenta um filme de ação e super-heróis que funciona, mas também está disposto a abrir um debate político interessante. Deixamos os heróis agirem por contra própria ou controlamos? Será que podemos confiar nos heróis? Será que a ONU é mais confiável que eles? E a destruição que acontece durante os embates, quem cuida disso?

Até acho que durante o terceiro ato do filme a discussão ficou menos política e mais pessoal, perdendo um pouco do ritmo e foi inclusive a primeira hora que percebi o tempo passar. Mas em geral o filme faz um bom trabalho em contar sua história e te deixa preso naquele universo na maior parte do tempo. A maioria dos personagens também está bem desenvolvida, pra mim o destaque foi o Pantera Negra de Chadwick Boseman, que fez o herói que apareceu pela primeira vez ser interessante e bem desenvolvido. Gostei muito mesmo, pra mim a questão dele e da Feiticeira Escarlate foram as mais interessantes, mas o embate entre Homem de Ferro e Capitão América, tanto um contra o outro quanto seus problemas pessoais, também são bem construídos. Pra mim a única coisa que faltou em questão de personagens foi uma figura de vilão convincente e desenvolvida, como os heróis estavam ótimos, demorei pra sentir falta, mas o vilão mesmo de Guerra Civil acaba ficando apagado.

Visualmente o filme funciona bem e o longa tem algumas das cenas de luta mais empolgantes que já vi. Eu não curto muito esse estilo da Marvel de colocar os personagens para conversarem muito durante os combates e fazerem piadinha, diria até que em alguns pontos foi muito, mas nada que atrapalhasse o andamento das lutas. Inclusive em alguns momentos fazia muito sentido, como as cenas em que o Homem Aranha aparecia.

Apesar de termos poucas mulheres, as que apareceram estavam, em geral, bem representadas, não precisavam ser salvas e nem sexualizadas para chamarem a atenção. Também tivemos três personagens negros, infelizmente nenhum deles era uma mulher, mas os três tiveram seus momentos de brilhar durante o filme. Como sempre, ainda podemos melhorar essa parte aqui, com certeza, mas a Marvel deu umas dentro.

Agora vou fazer alguns comentários com spoilers.

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25 mulheres incríveis da ficção – Dia Internacional da Mulher

Dia 8 de março é o dia internacional da mulher. Não queremos flores nem chocolates, queremos respeito e queremos todos os dias, queremos o fim da violência e da cultura misógina, queremos parar de ter medo de assédios na rua, queremos que ensinem as meninas a amarem seus corpos e não a odiá-los ou compará-los aos das outras meninas. Queremos mais representação na mídia e quando esta existir, não queremos ser estereótipos.

Sabemos como é frustrante encontrar uma série legal que não tem quase nenhuma personagem mulher, um filme onde as mulheres são sexualizadas ou um jogo onde elas não passam de estereótipos. Sabemos o que é entrar em fóruns e ouvir comentários misóginos, ter a opinião ignorada só porque somos mulheres.

Mas nós também sabemos que a representação está crescendo. Vou aproveitar o momento e agradecer (muito!) a todas as pessoas do grupo Femininjas Geeks que me ajudaram a formar essa lista. Ao mesmo tempo que fiquei triste por ter que cortar algumas personagens por causa do tamanho, fiquei feliz porque eu tinha várias pra escolher, feliz porque uma garota de 13 anos hoje vai ter muito mais representação do que eu tive quando eu tinha 13 anos, e a tendência é só crescer.

Então, pelo dia internacional da mulher, segue uma lista de 25 mulheres incríveis da ficção. A lista a seguir não está em nenhuma ordem específica.

1) Beatrix Kiddo – Kill Bill

Provavelmente uma das personagens mais marcantes de Tarantino e uma das primeiras que pensamos quando falamos em mulheres fortes. Beatrix lutou contra tudo e todos pra alcançar seu objetivo, um dos maiores exemplos de mulheres “badass” que não aceita ser colocada pra baixo. Quebra qualquer estereótipo de mulher indefesa e dá todo um novo significado ao termo “Fight Like a Girl” (Lutar como uma Garota).

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